terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Salão de Detroit foca mercado interno; Nissan e Mercedes destacam Brasil


O bom desempenho do mercado americano em 2012, com a comercialização de cerca de 14,5 milhões de veículos, domina as apresentações no Salão de Detroit, que será aberto ao público no sábado (19).
Os fabricantes apresentam números de vendas e projeções otimistas para o futuro, bem como planos ambiciosos. É o caso da Nissan, que sonha conquistar 6% de "marketshare" nos Estados Unidos até 2016. No Brasil, o foco esté sobre a fábrica em construção na cidade de Resende (RJ).
"A tendência é que, a partir de 2014, a importação do México comece a se tornar algo complementar à produção nacional", disse Carlos Ghosn, presidente-executivo do grupo Renault-Nissan.
O maior sinal da importância do Brasil na estratégia global das empresas foi dado pela Mercedes-Benz. A montadora alemã distribuiu equipamentos de tradução simultânea no evento de apresentação do sedã CLA. A opção número um era português.

Salão de Detroit

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Rebecca Cook/Reuters
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Apresentado como conceito no Salão de Detroit, o Toyota Corolla Furia antecipa linhas da futura geração do sedã, que deve chegar ao mercado no próximo ano também ao Brasil
A marca deve anunciar em breve sua nova fábrica no país e há chances de ser uma unidade compartilhada com o grupo Renault-Nissan --em outubro, no Salão de Paris, as empresas anunciaram uma grande parceria global.
"Todas as unidades do grupo no mundo apresentaram seus planos de crescimento. No caso da Mercedes do Brasil, foi apontada a necessidade de uma nova fábrica. As sondagens estão em andamento, todas as possibilidades são consideradas", disse Dieter Zetsche, presidente-executivo da Mercedes-Benz.
Os carros que provavelmente serão produzidos no Brasil derivarão da plataforma do novo Classe A, com tração dianteira. O CLA é um dos modelos cotados, bem como um novo utilitário esportivo.
Zetsche evitou polêmicas ligando a demora do anúncio da fábrica à questões políticas, como o estabelecimento de cotas para importação, e foi breve ao comentar o tema:
"O protecionismo pode ser prejudicial a longo prazo", disse.
GOLF NO MÉXICO
A Volkswagen se mantem distante do mercado brasileiro em Detroit, pois sua maior novidade é o utilitário de sete lugares Cross Coupé, feito para os EUA e o Canadá. AFolha apurou que em breve será anunciada a produção da sétima geração do Golf na América Latina, e tudo indica que o país escolhido sera o México.
A unidade de São José dos Pinhais (PR) perdeu força na disputa pela fabricação do carro devido a questões de logística. O mercado americano será um dos principais do novo hatch medio, o que justifica a produção em Puebla. Isso representa menor volume para o Brasil, um dos países mais importantes para a estratégia da marca.
Os problemas de exportação da indústria brasileira também foram abordados pela Chevrolet.
"Do ponto de vista da logistica, é mais barato trazer um carro da Coreia do Sul do que transportar um de Gravatai (RS) para o Recife (PE)", comparou Carlos Munhoz, vice-presidente da GM do Brasil.
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